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06/4.2 - CIVILIZAÇÃO SUMÉRIOS

Atualizado: 19 de ago. de 2022

Palestra 06: Agenda das Revelações e Iniciados


PARTE 4 - MESOPOTÂMIA




4.2 - CIVILIZAÇÃO SUMÉRIOS


PERÍODOS DA CIVILIZAÇÃO SUMÉRIA

  • 6 000−5 000 AC - Invenção do arado .

  • 5 000 aC - Primeiras aldeias . Cultivo de cereais . Cerâmica .

  • 3.000 aC - Idade do Bronze . Civilização suméria. Primeiras cidades. Foram criados a escrita e o sistema de numeração.

  • 2 500 aC - Sargão da Acádia unifica a Mesopotâmia

  • 2 000 aC - Primeira civilização assíria - Invasão dos hititas.

  • 1 900−1 200 aC - Império Paleobabilônico. Reino de Hamurabi . Código de Hamurabi .

  • 1 290 aC - Êxodo hebreu do Egito ( Moisés ).

  • 1 200 aC - Fim do reino babilônico e dominação assíria na Mesopotâmia.

  • 1 100 aC - Destruição do Império Hitita . Nabucodonosor II da Babilônia unifica o reino. Segundo Império Babilônico. Nasce o reino de Israel .

  • 700 aC - Reino dos medos.

  • 600 aC. - Na Babilônia: Reino de Nabucodonosor II .

  • 550−331 aC. - Ciro, o Grande , conquista Ecbátana , capital dos medos , e a Babilônia .

  • Início do reinado persa.

  • 331 aC. - Alexandre Magno derrota as persas na Batalha de Gaugamela e conquista na Mesopotâmia.



SUMÉRIOS


A palavra Sumério significa "terra de reis civilizados" ou "terra nativa", é a mais antiga civilização conhecida da região do sul da Mesopotâmia (atual sul do Iraque), na região dos rios Tigre e Eufrates, durante as idades do Calcolítico e do Idade do Bronze (ca. de 3 300 a 1 200 a.C.), e uma das primeiras civilizações do mundo, junto com o Egito Antigo e o Vale do Indo. Vivendo ao longo dos vales dos rios Tigre e Eufrates, os agricultores sumérios cultivaram uma abundância de grãos e outras culturas, cujo excedente permitiu que se instalassem em um só lugar. Os primeiros textos pré-históricos do tipo proto-escrita remonta de ca. 3 300 a.C., das cidades de Uruque e Jemdet Nasr; a primeira escrita cuneiforme também surgiu por volta de 3 000 a.C..


Historiadores modernos sugeriram que a Suméria foi estabelecida permanentemente entre c. 5 500 e 4 000 a.C. por um povo da Ásia Ocidental que falava a língua suméria, uma língua isolada e aglutinante.


Esses povos pré-históricos são agora chamados "proto-eufratinos" ou "ubaidianos" e teoriza-se que evoluíram da Cultura de Samarra, no norte da Mesopotâmia. Os ubaidianos, embora nunca mencionados pelos próprios sumérios, são considerados pelos estudiosos modernos como a primeira força civilizadora da Suméria. Eles drenaram os pântanos para a agricultura, desenvolveram o comércio e estabeleceram manufaturas, incluindo a tecelagem, o trabalho em couro, a metalurgia, a alvenaria e a cerâmica.


Alguns estudiosos contestam a ideia de uma língua proto-eufratina; acham que a língua suméria pode originalmente ter sido a dos povos de caçadores-coletores que viviam nos pântanos e no leste da Arábia e faziam parte da cultura bifacial da região.

Registros históricos confiáveis ​​começam muito mais tarde; não há nenhum registro de qualquer tipo na Suméria que tenha sido datado antes de Enmebaragesi (c. século XXVI a.C.). O arqueólogo estadunidense-letão Juris Zarins acredita que os sumérios viveram ao longo da costa da Arábia Oriental, a atual região do Golfo Pérsico, antes da área ser inundada no último período glacial.


A civilização suméria tomou forma no Período de Uruque (IV milênio a.C.), continuando nos períodos de Jemdet Nasr e Dinástico Arcaico. Durante o III milênio a.C., uma estreita simbiose cultural desenvolveu-se entre os sumérios, que falavam uma língua isolada, e os acádios, o que deu origem ao bilinguismo generalizado. A influência do sumério no acadiano (e vice-versa) é evidente em todas as áreas, desde o empréstimo lexical em escala maciça até a convergência sintática, morfológica e fonológica. Isto levou os estudiosos a se referir ao sumério-acádio do III milênio a.C. como um sprachbund.


A Suméria foi conquistada pelos reis de língua semítica do Império Acadiano por volta de 2 270 a.C., mas o sumério continuou sendo usado como uma língua sagrada. Um governo sumério nativo ressurgiu por cerca de um século na Terceira Dinastia de Ur, aproximadamente 2 100–2 000 a.C., mas a língua acadiana também permaneceu em uso. A cidade suméria de Eridu, na costa do Golfo Pérsico, é considerada uma das cidades mais antigas, onde três culturas separadas podem ter se fundido: a dos camponeses ubaidianos, vivendo em cabanas de barro e praticando irrigação; a dos pastores semitas móveis nômades que vivem em tendas e seguem manadas de ovelhas e cabras; e a dos pescadores, que vivem em cabanas de juncos nos pântanos, que podem ter sido os ancestrais dos sumérios.



Etimologia

O termo "sumério" é o nome comumente dado aos antigos habitantes não-semitas da Mesopotâmia (Sumer) pelos acádios, povo semita que veio a formar o Império Acádio. Os sumérios referiam-se a si próprios como ùĝ saĝ gíg-ga, numa transcrição fonética uŋ saŋ giga, literalmente "o povo de cabeça negra". O termo acádio Shumer poderia representar o nome geográfico em algum dialeto local, porém como o desenvolvimento fonológico levou ao termo acádio shumerû ainda é incerto. O termos Shinar, em hebraico, Sngr, em egípcio, e Šanhar(a), em hitita, referem-se ao sul da Mesopotâmia, e poderiam ser variantes ocidentais de Shumer.


Apogeu

Graças à reação do rei de Uruque, que expulsou os invasores depois de um século de domínio intermitente, as cidades ficaram novamente independentes (cerca de 2 100–1 950 a.C.). O ponto alto dessa era final da civilização suméria foi o reinado da terceira dinastia de Ur, cujo primeiro rei, Ur-Nammur, reunificou a região sob o controle dos sumérios. Foi um rei enérgico, que construiu os famosos zigurates e publicou o mais antigo código legal encontrado na Mesopotâmia, uma compilação das leis do direito sumeriano. Os reis de Ur não somente restabeleceram a soberania suméria, mas também conquistaram a Acádia. Nesse período, chamado de renascença sumeriana, essa civilização atingiu seu apogeu, mas esse foi o último ato de manifestação do poder político da Suméria.


Declínio


Uma vez que os estados locais cresceram em força bruta os sumérios começaram a perder sua hegemonia política sobre a maioria das partes da Mesopotâmia.

Atormentados pelos ataques de tribos elamitas e amoritas, o império ruiu. Nesta época, os sumérios desapareceram da história, mas a influência de sua cultura nas civilizações subsequentes da Mesopotâmia teve longo alcance. Os amoritas fundaram a Babilônia.


Os hurritas da Armênia estabeleceram o império de Mitani na parte norte da Mesopotâmia por volta de 2 000 a.C., enquanto os babilônios controlavam o sul. Ambos os grupos defendiam-se dos egípcios e dos hititas. Esses últimos derrotaram Mitani, mas foram expulsos previamente pelos babilônios, mais tarde, porém, viriam a descer novamente o vale da mesopotâmia, sitiar e saquear a babilônia, abandonando-a à sorte dos Cassitas. Os cassitas, entretanto, venceram os babilônios em 1 400 a.C.. Os cassitas foram depois vencidos pelos elamitas por volta de 1 150 a.C..


Alguns historiadores também acreditam que um el niño colossal, acelerou o declínio dessa civilização. Se essa teoria (baseada em documentos arqueológicos[quais?] em escrita cuneiforme) for verdade, uma enorme seca pode ter levado a uma das maiores ondas de fome da Antiguidade.



Sociedade e política





uma das mais belas peças da escultura sumeriana e de toda a arte mesopotâmica (Museu do Louvre, Paris)
Estátua de Gudeia, governador de Lagas,

Na figura: Estátua de Gudeia, governador de Lagas, uma das mais belas peças da escultura sumeriana e de toda a arte mesopotâmica (Museu do Louvre, Paris)



Os sumérios habitaram várias cidades-estados, cada uma erigida em torno de seus respectivos templos, dedicados ao deus a cuja proteção a cidade competia. Estas cidades, grandes centros mercantis, eram governadas por déspotas locais denominados ou patésis (líder local), ou lugal (título de rei), supremo-sacerdotes e chefes militares absolutos, auxiliados por uma aristocracia constituída por burocratas e sacerdotes. O patési controlava a construção de diques, canais de irrigação, templos e celeiros, impondo e administrando os tributos a que toda população estava sujeita. As cidades-estados sumerianas, tradicionalmente, eram cidades-templos. Isto porque os sumérios acreditavam que os deuses haviam fundado as cidades para que fossem centros de cultos. Mais tarde, segundo a religião, os deuses limitavam-se a comunicar os soberanos as plantas das cidades e dos santuários. A ligação dos patésis aos ritos da cidade era extremamente íntima.

Os templos estavam ligados ao poder estatal e suas riquezas eram usufruídas pelos soberanos, chefe político e religioso ao mesmo tempo. "Vigário" da divindade, intermediário entre deus-rei e a humanidade. Um homem chamado Kramer, estudioso da área, menciona a notícia de um "parlamento" que teria existido 3 000 a.C. na cidade de Uruque. O soberano consultava os concidadãos mais notáveis nos maiores interesses do Estado, ou seja, guerra ou paz. Além do clero, que administrava os bens do templo. Junto com os templos das cidades, homenageando o seu deus patrono, não raramente eram erguidos zigurates — pirâmides de tijolos maciços cozidos ao sol — que serviam de santuários e acesso aos deuses quando desciam até seu povo.



Dentre as cidades mais importantes do território sumério estavam Eridu, Quis, Lagaxe, Uruque, Ur e Nipur. Com o desenvolvimento dessas cidades, a tentativa de supremacia duma sobre a outra tornou-se inevitável. O resultado foi um milênio de embates quase incessantes sobre o direito de uso de água, rotas de comércio e tributos a tribos nômades.

Havia também a aristocracia burocrática que cuidava dos interesses do rei, dos bens da casa real, do tesouro público, que recebe os impostos etc. Abaixo de toda essa pirâmide, vinha a população e seus diversos afazeres, fazendeiros, barqueiros, pescadores, criadores, negociantes, artesãos, enfim. E para finalizar, havia escravidão. Esses escravos eram inimigos capturados, ou formas de pagamento de dívidas. Esses escravos porém, tinham alguns privilégios, como liberdade para se casar, por exemplo.


Religião


Tratar de um assunto tal como a "Religião Suméria" pode ser complicado, uma vez que as práticas e crenças adotadas por aquele povo variaram largamente através do tempo e distância, cada cidade possuindo sua própria visão mitológica e/ou teológica.

Entre as principais figuras mitológicas adoradas pelos sumérios, é possível citar An, deus do céu; Nammu, a deusa-mãe; Inana, a deusa do amor e da guerra (equivalente à deusa Istar dos acadianos); e Enlil, o deus do vento. Cada um dos deuses sumérios (em sua própria língua, dingir — no plural, dingir-dingir ou dingir-a-ne-ne) era associado a cidades diferentes, e a importância religiosa a eles atribuída intensificava-se ou esmorecia dependendo do poder político da cidade associada. Segundo a tradição suméria, os deuses criaram o ser humano a partir do barro com o propósito de serem servidos por suas novas criaturas. Quando estavam zangados ou frustrados, os deuses expressavam seus sentimentos através de terremotos ou catástrofes naturais: a essência primordial da religião suméria baseava-se, portanto, na crença de que toda a humanidade estava à mercê dos deuses.


Lilith

Recentemente historiadores descobriram que a tão controversa figura Lilite foi uma Deusa sumeriana, considerada a Rainha dos Céus. A historiadora Barbara Koltuv aborda em um dos seus livros a história de Lilite como Deusa e afirma que a religião cristã ressignificou a sua imagem a transformando em um demônio.


Cosmogonia Sumeriana


Os sumérios acreditavam que o universo consistia num disco plano fechado por uma cúpula de latão. Já a vida após a morte envolvia uma descida ao vil submundo, onde se passava a eternidade numa existência deplorável, em uma espécie de inferno.

Os templos sumérios consistiam de uma nave central com corredores em ambos os lados, flanqueados por aposentos para os sacerdotes. Numa das pontas do corredor achavam-se um púlpito e uma plataforma construída com tijolos de barro, usada para sacrifícios animais e vegetais.


Depósitos geralmente se localizavam na proximidade dos templos. Mais tarde, os sumérios começaram a construir seus templos no topo de colinas artificiais, terraplanadas e multifacetadas: esses templos especiais chamavam-se zigurates.


Ciência


Deixada posteriormente de herança para os babilônicos, a ciência dos sumérios contribuiu em grande parte para o Ocidente e Oriente. Fazem parte de suas invenções o sistema sexagesimal. Criaram sistema de medidas de capacidade, de superfície e de pesos. Possuíam réguas graduadas. E dividiram os dias em 24 horas iguais: 12 Danna (horas duplas).

Uma tabuinha encontrada em Nipur pode ser considerada o primeiro manual de medicina do mundo. Nessa tabuinha, onde havia fórmulas químicas e fórmulas mágicas (encantamentos), usavam termos tão especializados que para traduzirem precisaram da ajuda de químicos.

Na farmácia, usava-se substancias vegetais, animais e minerais. Laxantes, purgantes e diuréticos formavam a maioria dos remédios daquele povo. Determinadas cirurgias também eram postas em prática.

Os sumérios manufaturavam salitre, conseguido a partir da urina, do cal, de cinzas e do sal. Eles combinavam esses materiais com leite, pele de cobra, casco de tartaruga, cássia, murta, timo, salgueiro, figo, pêra, abeto e/ou tâmara. A partir daí, misturavam esses agentes com vinho, usando o resultado obtido de duas formas: ou passando o produto como se fosse uma pasta, ou então misturavam-no com cerveja, consumindo o remédio por via oral.


Doença = demônio


Os sumérios explicavam a doença como uma conseqüência do aprisionamento, e conseqüente tentativa de escape, de um demônio dentro do corpo humano. O objetivo do remédio era persuadir o demônio a acreditar na ideia de que continuar residindo naquele corpo seria uma experiência desagradável. Comumente os sumérios colocavam um carneiro ou cabra próximo ao doente, esperando atrair o demônio para dentro do corpo do animal, que, então, seria morto. No caso de não haver ovelhas à disposição, tentavam a sorte com uma estátua, que, se conseguisse transferir o demônio para dentro de si, seria coberta de betume.

Tecnologia

Lira de uma cabeça de touro do túmulo da rainha Puabi

Exemplos da tecnologia suméria incluem: serras, couro, cinzéis, martelos, braçadeiras, brocas, pregos, alfinetes, anéis, enxadas, machados, facas, lanças, flechas, espadas, cola, adagas, odres de água, caixas, arreios, barcos, armaduras, aljaves, bainhas, botas, sandálias e arpões.


Os sumérios possuíam três tipos de barco: os barcos de pele, feitos a partir de cana e peles de animais; os barcos a vela, caracterizados por serem feitos com betume, sendo à prova d'água; os barcos a remo (com remos feitos de madeira), às vezes usados para subir a correnteza, sendo puxados a partir de ambas as margens do rio por pessoas e animais.


Inventores da astronomia


Os sumérios são geralmente considerados os inventores da astronomia, o estudo da observação dos astros. Nas ruínas das cidades sumérias escavadas por arqueólogos desde o princípio do século XX, foram encontradas muitas centenas de inscrições e textos deste povo sobre suas observações celestes. Entre estas inscrições existem listas específicas de constelações e posicionamento de planetas no espaço, bem como informações e manuais de observação.


Existem textos específicos sobre o sistema solar e o movimento dos planetas em torno do sol, na sua ordem correta. Os sumérios consideravam o sistema solar um conjunto de 12 planetas, contando o sol e a lua.


O décimo planeta era chamado por eles de Nibiru, um planeta além de plutão com uma orbita muito extensa. Muitas destas inscrições, cuja idade ultrapassa os 4500 anos de idade, estão agora conservadas no Museu do Antigo Oriente Próximo, um conjunto de 14 salas na ala sul do Museu de Pérgamo.



Língua e escrita



A língua suméria é uma língua isolada, o que significa que não está diretamente relacionada a nenhuma outra língua conhecida, apesar das várias tentativas equivocadas de provar ligações com outros idiomas. A língua suméria é aglutinante, ou seja, os morfemas (as menores unidades com sentido da língua) se justapõem para formar palavras.



Credita-se aos sumérios a invenção do sistema cuneiforme de escrita (caracteres em forma de cunha), que foi utilizada por toda a Mesopotâmia e povos vizinhos. Os próprios acádios, após invadirem e conquistarem a Suméria, adotaram o sistema cuneiforme daquele povo para materializar a própria língua (similarmente ao que há hoje entre o português e o inglês, por exemplo, onde ambos usam o mesmo alfabeto para representar idiomas diferentes).

A escrita cuneiforme começou como um sistema pictográfico, onde o objeto representado expressava uma ideia. Um barco marcado por determinados sinais, por exemplo, poderia significar que ele estava carregado ou vazio. Com o tempo, os cuneiformes passaram a ser escritos em tábuas de argila, nos quais os símbolos sumérios eram desenhados com um caniço afiado chamado estilete. As impressões deixadas pelo estilete tinha forma de cunha, razão pela qual sua escrita terminou sendo chamada de cuneiforme.



Um corpo extremamente vasto (muitas centenas de milhares) de textos na língua suméria sobreviveu, sendo que a maioria está gravada nas tabuinhas de argila citadas no parágrafo anterior. A escrita suméria está grafada em cuneiforme e é a mais antiga língua humana escrita conhecida. Os tipos de textos sumérios conhecidos incluem cartas pessoais e de negócios e/ou transações comerciais, receitas, vocabulários, leis, hinos e rezas, encantamentos de magia e textos científicos incluindo matemática, astronomia e medicina. Inscrições monumentais e textos sobre diversos objetos, como estátuas ou tijolos, também são bastante comuns. Muitos textos sobrevivem em múltiplas cópias pelo fato de terem sido transcritos repetidamente por escribas "estagiários". A escola de Edubba (termo sumério que significa "Casa de Tabuinhas"), por exemplo, era um dos centros de aprendizagem onde arquivos e escritos literários eram guardados (ou seja, grafados) em tabuinhas de argila. Edubba foi um dos primeiros centros acadêmicos e um dos primeiros receptáculos de sabedoria de que se tem conhecimento.


A compreensão dos textos sumérios hoje em dia pode ser problemática até mesmo para especialistas. Os textos mais antigos são os mais difíceis, pois não mostram a estrutura gramatical da língua de forma sólida

Os sumérios talvez sejam mais lembrados devido às suas muitas invenções. Muitas autoridades lhes dão crédito pelas invenções da roda e da roda de oleiro. Seu sistema de escrita cuneiforme foi o primeiro sistema de escrita de que se tem evidência, pré-datando os hieróglifos egípcios em pelo menos 75 anos. Os sumérios estavam entre os primeiros astrônomos, possuindo a primeira visão heliocêntrica de que se tem conhecimento (a próxima apareceria por volta de 1 500 a.C. por parte dos Vedas na Índia). Afirmavam também que sistema solar constituía-se de 12 planetas (apenas 5 planetas podiam ser vistos a olho nu).


Desenvolveram também conceitos matemáticos usando sistemas numéricos baseados em 6 e 10. Através desse sistema, inventaram o relógio com 12 horas para a parte clara, e 12 horas para a parte escura, e dividiu as horas em 60 minutos (os segundos só apareceram anos mais tarde), além do calendário de 12 meses que usamos atualmente. Também construíram sistemas legais e administrativos com cortes judiciais, prisões e as primeiras cidades-estados. A invenção da escrita possibilitou aos sumérios o armazenamento do conhecimento e a possibilidade de transferi-lo a outros. Isso levou à criação de escolas, à educação e oficialização da matemática, religião, burocracia, divisão de trabalho e sistema de classes sociais.

Também os sumérios inventaram a carroça e, possivelmente, as formações militares. Inventaram a cerveja. O mais importante de tudo, talvez, seja o fato de que, de acordo com muitos acadêmicos, os sumérios foram os primeiros a domesticar tanto plantas como animais.

No caso do primeiro termo, através de plantações sistemáticas e da colheita de uma descendência de grama mutante, conhecida atualmente como einkorn, e de sementes de trigo. Com relação ao segundo termo (i. e, os animais), os sumérios domesticaram-nos através do confinamento e da procriação de carneiros ancestrais (similares à cabra-montês e ao gado selvagem (búfalos). Foi a primeira vez que essas espécies foram domesticadas e criadas em larga escala.


Essas invenções e inovações facilmente colocam os sumérios entre uma das culturas mais criativas de toda a Antiguidade, e mesmo da história.



Zigurate de Ur


Os sumérios usavam roupas tecidas, possuíam exército regular e utilizavam carros com rodas. Do lado de fora das cidades-estados, ficavam os camponeses, os fazendeiros e os criadores, que cultivavam: cevada, grão-de-bico, lentilha, ervilha, milhete, nabo, tâmara, alho, alface, Alho-poró, mostarda, pepino, cebola, trigo e criavam bovinos, carneiros, cabras e porcos, tinham como instrumentos de trabalho serras, enxadas, odres de água, caixas, arreios, bainhas, botas, sandálias e manejavam o couro; os barqueiros faziam transportes marítimos baseados em três tipos de barco: os barcos de pele, feitos a partir de cana e peles de animais, os barcos a vela, caracterizados por serem feitos com betume, sendo à prova d'água e os barcos a remo (com remos feitos de madeira), às vezes usados para subir a correnteza, sendo puxados a partir de ambas as margens do rio por pessoas e animais; pescadores/caçadores que forneciam peixes, caçavam aves selvagens ao longo do rio, utilizando arpões, lanças, fundas e flechas; os negociantes estabeleceram relações comerciais com vários povos da costa do Mediterrâneo e do Vale do Indo, revendo itens como madeira (cedro do Líbano) e dando início as feiras da antiguidade; os artesãos confeccionavam anéis, roupas e utensílios de marfim, ouro, prata, galena, couro e lápis-lazúli, utilizando-se de cinzéis, martelos, braçadeiras, brocas, pregos, alfinetes, cola e tendo como principal força de trabalho motriz bois e onagros (burros) como animal de transporte.


Todos esses setores eram auxiliados por escravos, que eram inimigos capturados ou pessoas endividadas, eles não representavam grande parte da economia, entretanto os escravos possuíam alguns privilégios, como por exemplo, liberdade para se casar. Mulheres escravas trabalhavam como tecelãs, prensadoras, moleiras e carregadoras. No geral a comida era abundante e, por isso, as populações cresciam rapidamente.


As principais cidades estados, templo principal e deuses:

• Eridu (Abu Shahrain), E-Abzu, Enki.

• Bad-tibira (Tell al-Madain), E-mush, Dumuzi e Inana.

• Larsa (as-Senkereh), E-babbar, Utu (sol).

• Sippar (Abu Habbah), E-babbar, Utu (filho).

• Shuruppak (Fara), E-dimgalanna, Sud (variante de Ninlil, esposa de Enlil).

• Uruk (Warka), E-anna, Inana e An.

• Kish (Uheimir & Ingharra), ?, Ninhursag.

• Ur (al-Muqayyar), E-kishnugal, Nanna (lua).

• Nipur (Afak), E-kur, Enlil.

• Lagash (al-Hiba)

• Girsu (Tello or Telloh), E-ninnu, Ningirsu.

• Umma (Jokha), E-mah, Shara (filho de Inana).

• Hamazi

• Adab (Bismaya)

• Mari (Hariri)

• Akshak

• Acádia

• Isin (Ishan al-Bahriyat)

• Kuara (al-Lahm)

• Zabala (Ibzeikh)

• Kisurra (Abu Hatab)

• Marad (Wannat es-Sadum), E-igikalamma, Lugal-Marada (variante de Ninurta).

• Dilbat (ed-Duleim)

• Borsipa (Birs Nimrud)

• Kutha (Ibrahim), E-meslam, Nergal.

• Der (al-Badra)

• Eshnunna (Asmar)

• Nagar (Brak)


A cidade suméria de Eridu, no litoral do Golfo Pérsico, foi a primeira cidade do mundo na qual três culturas diferentes coexistiram:

• Fazendeiros e camponeses ubaidas, que viviam em cabanas de barro e praticavam a irrigação;

• Pastores semitas nômades que viviam em tendas negras, seguindo seus rebanhos de ovelhas e cabras;

• Pescadores ancestrais diretos dos sumérios, que viviam em cabanas de junco nos pântanos.


O desenvolvimento de um sofisticado sistema de administração levou a invenção da escrita de números por volta de 3.500 a.C. e a escrita ideográfica por volta de 3.000 a.C., a qual se desenvolveu na escrita logográfica feita de desenhos ou pictogramas por volta 2.600 a.C., mais primitiva que a dos egípcios. Mais tarde, os pictogramas foram substituídos por sinais que representavam não mais objetos, mas sons e sílabas. A escrita possibilitou aos sumérios o armazenamento do conhecimento e a possibilidade de transmitir o conhecimento as gerações futuras, levando à criação de escolas, à educação e oficialização da matemática, religião, burocracia, divisão de trabalho e sistema de classes sociais.


A escrita suméria era conhecida como sistema cuneiforme de escrita, devido os símbolos serem desenhados com um caniço afiado chamado de estilete, cujas impressões deixadas tinham a forma de cunha. Este primeiro e a mais antigo sistema de língua humana escrita conhecida foi adotado por toda a Mesopotâmia e povos vizinhos, os próprios acádios, após invadirem e conquistarem a Suméria, adotaram o sistema cuneiforme incorporando-o em sua língua. A escrita cuneiforme começou como um sistema pictográfico, onde o objeto representado expressava apenas uma ideia. Utilizavam principalmente tábuas de argila cozidas no forno para escrever e essas tábuas foram capazes de "sobreviver" até os dias atuais, deixando um acervo de milhares de textos que incluem cartas pessoais, de negócios, transações comerciais, receitas, vocabulários, leis, hinos, rezas, encantamentos de magia e textos científicos incluindo matemática, astronomia e medicina. Muitos desses textos possuem diversas cópias devido terem sido transcritos repetidamente por escribas em treinamento. Existiam até escolas de Edubba ("Casa de Tabuinhas"), que eram centros de aprendizagem de escrita e de arquivamento de escritos literários, se tornando um dos primeiros centros acadêmicos e um das primeiras bibliotecas da história.



Zigurate sumério

O zigurate foi construído por Ur-Nammu para ajudar a reconstruir a economia local, por volta do século XXI a.C. (cronologia curta), durante a Terceira Dinastia de Ur.[2] A gigantesca pirâmide em degraus media 62,5 metros de comprimento, 43 de largura e 21 de altura; estes números, no entanto, são especulações, já que apenas os alicerces do zigurate sumério sobreviveram até os dias de hoje.

O zigurate era parte de um complexo de templos que servia como centro administrativo da cidade, e era um santuário do deus lunar Sin, padroeiro de Ur.[3]

A construção do zigurate foi concluída no século XXI a.C., pelo rei Sulgi, que havia se proclamado um deus, visando estabelecer seu controle sobre as cidades da região. Durante seu reinado de 48 anos, a cidade de Ur se tornou a capital de um Estado que controlava boa parte da Mesopotâmia.


(cont...)



Vídeos :



vídeo (51min) : Grandes Civilizações da era de Bronze Babilônios - Sumérios - Acádios - Minóicos - Fenícios

Canal Youtube: Foca na História



vídeo (46 min) : Civilizações Perdidas - Mesopotâmia

Canal Youtube: Sylvio Bazote


vídeo (4 min) : Ancient Mesopotamia 101

Canal: National Geographic



vídeo (2 horas) Inglês: 8. Os Sumérios - Queda das Primeiras Cidades



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